WORLD FOOD DAY AMÉRICAS 2021 DEBATE EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

WORLD FOOD DAY AMÉRICAS 2021 DEBATE EFICIÊNCIA E SUSTENTABILIDADE

Por Abia

Celebrando o Dia Mundial da Alimentação (16/10), o World Food Day Américas 2021, realizado nos dias 14 e 15 e outubro, virtualmente, reuniu lideranças da agroindústria para debater sobre sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis. No primeiro dia do evento, realizaram-se quatro painéis com a participação de atores chaves dentro da cadeia, com base nos eixos definidos pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), da ONU: Melhor Meio Ambiente, Melhor Nutrição, Melhor Produção e Melhor Vida.

 

Com discussões alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU, o evento visa promover caminhos que viabilizem o alcance das metas. O World Food Day Américas 2021 foi realizado pela FoodTech Hub Latam e patrocinado por grandes empresas do setor como Bayer, BRF Life Hub, Givaudan, Integralmedica, DSM e Coplacana. No dia 14, Grazielle Parenti, presidente do Conselho Diretor da ABIA, ressaltou a importância do Brasil como produtor de alimentos. “Nas últimas décadas o país se tornou um dos maiores produtores mundiais de alimentos, temos agora oportunidade de ser um dos maiores players da economia de baixo carbono. A gente tem a condição de ter a liderança desse mercado”, afirmou. A dirigente declarou ainda que metas de sustentabilidade paras as empresas do setor não podem ser vistas como uma restrição. “Às luzes da COP26 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática), precisamos entender o tema da sustentabilidade não como uma restrição, mas sim como uma oportunidade. E se você não entender isso, daqui um tempo não estará no jogo”, sentenciou.

 

Compromisso da indústria

Grazielle reforçou que as empresas representadas pela ABIA têm um compromisso sério em relação à sustentabilidade. “Quando você tem uma empresa que assume um compromisso de desmatamento zero na cadeia, não é apenas uma narrativa, você tem aí tecnologia para garantir que está sendo feito esse rastreamento, tem políticas estabelecidas e colocadas para que isso seja implementado no dia a dia”. Mediados por Paulo Silveira, CEO e idealizador do Food Tech Hub Brasil, os painéis contaram também com a participação de Vanessa Amaral, diretora Jurídica, de Compliance e Sustentabilidade da ABIA, Rafael Zavala, da FAO Brasil, Daniel Balaban, do WFP (Programa Alimentos para o Mundo), Gabriel Delgado, do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura), Fernando Silveira Camargo, do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Mauricio Muller Adade, da DSM, Alejandro Girard, da Bayer, Marina Grossi, do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), entre outros.

 

União que faz a força

Vanessa Amaral, da ABIA, abordou a importância de as empresas do setor se unirem para traçar metas de sustentabilidade. Ela citou a criação do Comitê de Sustentabilidade da Associação, em janeiro deste ano, que tem como objetivo a troca de experiências e a discussão sobre medidas que possam ser implementadas pela indústria como um todo. “Grande parte das indústrias já tratavam individualmente do tema há muito tempo e já tinham seus compromissos, mas a gente percebeu que havia necessidade de um fórum que fosse capaz de expor essas iniciativas para poder compartilhar também com as pequenas e médias. A gente sente que todas precisavam desse espaço de compartilhamento de soluções para que pudéssemos avançar com essa agenda”.

 

Vanessa acrescentou que, em pouco tempo, já foi possível enxergar mudanças significativas tanto em governança quanto na gestão eficiente de recursos naturais pelas associadas. “Nosso debate vai também na direção do combate ao desperdício de alimentos, não só no que diz respeito à perda dentro do processo industrial, mas também em toda a cadeia. Junto disso vem o compromisso das empresas com a adoção de novas tecnologias para diminuir a geração de resíduos, não só o resíduo industrial, mas aquele que vai pra casa do consumidor. Tudo isso vem sendo trabalhado dentro da indústria”, exemplificou.

 

Alexandre Novachi, diretor de assuntos regulatórios e científicos, participou do painel Melhor Vida. Em sua narrativa, destacou o papel da ciência como fator determinante para a qualidade de vida das pessoas. “Uma vida melhor passa, claro, pelo acesso a uma alimentação segura, saudável e suficiente. Em outras palavras, uma alimentação equilibrada. A ciência nos permitiu identificar os melhores grãos para aumentar nossa produtividade; identificar os microrganismos que nos causam doenças; associando tempo e temperatura eliminamos esses microrganismos dos nossos alimentos; aprendemos a imitar a natureza e produzir vitaminas, minerais e tantos outros ingredientes de difícil acesso pelas nossas avós como as pectinas, as gomas derivadas da mandioca ou do feijão”.

 

No segundo dia de debates, realizou-se o fórum de Bioinsumos e Agricultura Regenerativa, que abordou maneiras de contribuir com a sustentabilidade das atividades e segurança alimentar, atendendo a uma demanda cada vez maior do mercado. Entre os participantes, Christian Lohbauer, da Croplife BR, Alessandro Cruvinel e Sibelle de Andrade Silva, do MAPA, Adriana Regina Martin, da Embrapa, Alessandra Fajardo, da Bayer, e Henrique Borges, da Danone.

 

FONTE: abia.org.br